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Vídeo Poema abaixo:
Delicadeza para a nossa segunda-feira💖🌷📚
Compartilho uma criação muito especial: o vídeo poema de “Epigrama do Chá das Cinco”, escrito pela poetisa Wanda Rop e integra o Livro “Inspira-me”💕✨

SUblimes versos nos despertam para uma pausa gentil 🪷 🫖 um mergulho na beleza dos pequenos rituais que tornam a vida mais doce e significativa.💫

É um hino à elegância das tardes, ao aroma sutil do chá, à arquitetura fina dos biscoitos e, acima de tudo, à leveza de uma conversa despretensiosa e de uma risada sincera.✨
Espero que, ao assistirem, vocês se sintam abraçados por essa atmosfera de tranquilidade e alegria, e que encontrem um feliz acontecer no seu próprio lar.🩷

Permitam-se um instante de poesia.
Preparem sua xícara de chá favorita e venham comigo desvendar a beleza que reside no “Epigrama do Chá das Cinco”.
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Agora que já prestigiaram o vídeo, vamos à análise Literária do poema:

☕ Análise do Poema “Epigrama do Chá das cinco” de Wanda Rop🌸🌿🌸
Este “Epigrama” (um poema breve e conciso, muitas vezes com um toque de ironia ou engenho, embora aqui o tom seja de celebração e ternura) é uma ode lírica ao ritual do chá da tarde, retratando-o como um momento de beleza, pausa e convívio sofisticado.
A poeta Wanda Rop transforma um evento cotidiano em uma cena de arte e refúgio.
✨ Temas Centrais e Linguagem
- O Ritual como Arte: O poema exalta o ato de tomar o chá das cinco como um rito sagrado, cheio de elegância e estética. Cada elemento — a porcelana, o chá, o biscoito, a conversa — é elevado a um patamar artístico.
- O Tempo e a Pausa: O chá é o “locus amoenus” (lugar ameno, de deleite) da “pausa necessária,” um refúgio onde “o cotidiano perde a monotonia.” A tarde declina de forma “gentil,” sugerindo um ritmo desacelerado e apreciativo.
- Beleza Discreta: A alegria e a beleza são descritas como “sem estardalhaço” e o ritual é “discreto e singular.” O poema valoriza a serenidade e a intimidade em oposição ao barulho ou formalidade do mundo exterior.
✨ Análise por Estrofe
Primeira Estrofe (A Configuração Estética)
- Imagens Visuais e Táteis: Foca na louça refinada. A “porcelana alva, com filetes de ouro” estabelece imediatamente um tom de delicadeza e luxo.
- Sinestesia e Sensorial: O “cromatismo gentil” da tarde e o som da “xícara [que] tilinta” (som sutil) preparam os sentidos. O chá de jasmim é o “tesouro,” realçando sua preciosidade e “sutil” aroma.
Segunda Estrofe (A Convivência e a Gastronomia)
- Personificação do Biscoito: O biscoito é “imponente, com arquitetura fina,” uma pequena personificação que confere dignidade até mesmo ao alimento, sugerindo sua perfeição estética.
- Qualidade da Conversa: A comunicação é idealizada: “etérea e cristalina,” ou seja, leve, pura e clara, livre de formalidades ou cansaço (“sem nenhum discurso formal ou cansado”).
Terceira Estrofe (O Significado Profundo do Ritual)
- Conceito Clássico: A expressão latina “locus amoenus” é central, definindo o local do chá como um espaço idealizado de conforto e prazer, necessário para quebrar a rotina.
- Alegria Elevada: A risada “rara e literária” sugere que o prazer e a alegria desse momento não são banais, mas sim cultivados e dignos de nota, um “instantâneo de pura alegria.”
Quarta Estrofe (A Conclusão e a Poesia)
- Síntese: Esta estrofe resume o propósito do ritual. A beleza é intrínseca, sem necessidade de ostentação.
- Metalinguagem: O poema se refere a si mesmo, ou ao ato de escrever, como “Versos saborosos neste ritual,” ligando a poesia (a criação artística) à vida (o doce chá).
- Acolhimento Final: A poesia encontra o “terno abraço / De um feliz acontecer, no seu próprio lar,” concluindo que a verdadeira beleza e alegria não estão em grandes eventos, mas sim na paz e elegância do espaço doméstico.
✨Estilo e Estrutura
- Estrutura: O poema é composto por quatro quadras (estrofes de quatro versos).
- Rima: Predominantemente rimas cruzadas (ABAB), como em ouro/tesouro e gentil/sutil, o que confere ao poema uma sonoridade musical e suave, adequada ao tema.
- Métrica: Embora seja necessária uma análise mais precisa, o ritmo é bastante regular e harmonioso, contribuindo para a sensação de equilíbrio e ordem que o ritual do chá representa.
Em suma, Wanda Rop celebra, em um tom elegíaco e delicado, a importância dos pequenos luxos e das pausas bem vividas, onde a poesia e a vida doméstica se encontram em perfeita harmonia.

