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WANDA ROP: a poetisa que escreve com amor sobre o amor.

Análise Literária:
- Título: “Paixão Inesperada” já estabelece o tema central do poema: um amor que surge de forma súbita e surpreendente. A autora, Wanda Rop🌹 nos situa dentro de um contexto autoral específico.
- Metáfora da Tempestade e Acalanto: O verso “não te esperava – / e foste tempestade e acalanto / na mesma tarde” é muito poderoso. A metáfora da “tempestade” sugere a intensidade e o impacto avassalador da chegada dessa pessoa, enquanto “acalanto” evoca a sensação de conforto, segurança e paz que ela também traz. A simultaneidade dessas duas ideias em um mesmo momento (“na mesma tarde”) intensifica a natureza transformadora desse encontro.
- Imagem dos Lírios: “em que os lírios floresceram sem aviso” é uma imagem delicada e sensorial. Os lírios, frequentemente associados à pureza e beleza, surgem inesperadamente, assim como a paixão. A ausência de aviso reforça a ideia da espontaneidade do sentimento.✨🥰
- A Personificação do Vento: “sorri – / e era teu nome / que o vento soletrava na varanda / do meu silêncio” é uma personificação poética e suave. O vento, elemento natural, ganha a capacidade de “soletrar” o nome amado na quietude do “silêncio” do eu lírico. Isso sugere uma presença constante e sutil da pessoa amada, mesmo na ausência física.
- A Perda do Eixo e o Ganho nos Olhos: “o mundo perdeu o eixo, / mas eu ganhei céu nos olhos” expressa a desorientação causada pela paixão (“o mundo perdeu o eixo”), mas essa perda é compensada por uma nova perspectiva e beleza encontradas no olhar do outro (“ganhei céu nos olhos”). É uma troca intensa e significativa.
- A Sequência de Sensações: “e febre no pulso, / foi ternura, foi vertigem, / foi destino, talvez delírio -” enumera uma série de sensações físicas e emocionais intensas e contrastantes. “Febre no pulso” remete à excitação física, “ternura” ao afeto, “vertigem” à desorientação e intensidade, “destino” à inevitabilidade do encontro, e “delírio” à possível irracionalidade da paixão. O “talvez” em relação ao delírio introduz uma leve dúvida ou reflexão sobre a natureza avassaladora do sentimento.
- A Afirmação e a Continuidade do Amor: “mas era amor, era. / e ainda é.” A repetição do “era” enfatiza a certeza do sentimento no passado, enquanto o “e ainda é” declara a sua permanência e vivacidade no presente. Isso confere atemporalidade e profundidade à paixão.

Análise Linguística:
- Linguagem Figurada: O poema é rico em linguagem figurada, como as metáforas (“tempestade e acalanto”, “céu nos olhos”) e a personificação (“o vento soletrava”). Essas figuras de linguagem enriquecem a expressão e criam imagens vívidas para o leitor.
- Substantivos Abstratos: Palavras como “paixão”, “tempestade”, “acalanto”, “silêncio”, “ternura”, “vertigem”, “destino”, “delírio” e “amor” evocam sentimentos e estados emocionais, contribuindo para a atmosfera lírica do poema.
- Verbos de Ligação e de Ação: O uso de verbos de ligação (“foste”, “era”, “foi”) conecta o sujeito a suas qualidades, enquanto verbos de ação (“floresceram”, “soletrava”, “perdeu”, “ganhei”) dinamizam a narrativa poética.
- Pontuação: O uso do travessão no início de alguns versos cria uma pausa e um certo ritmo na leitura, enfatizando as ideias que se seguem. A vírgula na enumeração das sensações contribui para o fluxo do verso. O ponto final nas afirmações finais traz um senso de conclusão e certeza.
- Concisão e Intensidade: O poema é relativamente conciso, mas carrega uma grande intensidade emocional em cada verso. A escolha das palavras é precisa e carregada de significado.
Wanda Rop 🌹 poetisa paulista, Ativista Cultural, Embaixadora da Paz, Comendadora da Cultura Nacional, Consulesa das Artes, amante da literatura, filósofa e historiadora🖋️📚🌹
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