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Análise Literária – Espelho de Ouro – por Poetisa Sol em Versos 🌻🌞
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No poema Espelho de Ouro, de Wanda Rop, o Rio Madeira se revela como paisagem e metáfora maior da própria existência. A linguagem é solene, marcada por cadências cerimoniais que conferem ao texto ares de rito poético, onde o entardecer não é mera transição do dia, mas um ato sagrado de comunhão entre sol, floresta e águas. ☀️ 🌳 💧

A poetisa conjuga exuberância e delicadeza, fundindo o ritmo da natureza à musicalidade do verso. O léxico é escolhido com rigor: palavras como remansos, convulso, banzeiro, incandescida instauram uma densidade lírica que seduz o leitor atento. O rio aparece como “espelho de ouro líquido”, imagem que sintetiza o vigor da vida amazônica, ao mesmo tempo grandiosa e inquieta. 🌳🌞🌿💧

O poema é ainda uma celebração da memória telúrica: árvores como “baús do tempo”, pássaros traçando “arabescos breves”, folhas que guardam “a febre do dia”. São imagens que capturam o transitório e o eterno, numa tensão entre fugacidade e permanência. 🍃📚

No desfecho, a Amazônia se ergue como “alma incandescida”, metáfora de um Norte que é mais do que geografia: é essência mítica, poesia selvagem, radiância primordial. A obra inscreve-se, assim: uma ode à natureza amazônica e à meditação universal sobre a beleza e a intensidade do viver. ⛅ 🌷 ❤️


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