Vídeo poema e análise Literária do poema “Epigrama do Chá das Cinco” –  poetisa Wanda Rop🌷💫🌷

Tempo de leitura: 4 minutos

Vídeo Poema abaixo:

Assista e sinta a delicadeza 🌸🌿🌸

Delicadeza para a nossa segunda-feira💖🌷📚

Compartilho uma criação muito especial: o vídeo poema de “Epigrama do Chá das Cinco”, escrito pela poetisa Wanda Rop e integra o Livro “Inspira-me”💕✨

SUblimes versos nos despertam para uma pausa gentil 🪷 🫖 um mergulho na beleza dos pequenos rituais que tornam a vida mais doce e significativa.💫

É um hino à elegância das tardes, ao aroma sutil do chá, à arquitetura fina dos biscoitos e, acima de tudo, à leveza de uma conversa despretensiosa e de uma risada sincera.✨

Espero que, ao assistirem, vocês se sintam abraçados por essa atmosfera de tranquilidade e alegria, e que encontrem um feliz acontecer no seu próprio lar.🩷

​Permitam-se um instante de poesia.

Preparem sua xícara de chá favorita e venham comigo desvendar a beleza que reside no “Epigrama do Chá das Cinco”.

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Agora que já prestigiaram o vídeo, vamos à análise Literária do poema:

☕ Análise do Poema “Epigrama do Chá das cinco” de Wanda Rop🌸🌿🌸

​Este “Epigrama” (um poema breve e conciso, muitas vezes com um toque de ironia ou engenho, embora aqui o tom seja de celebração e ternura) é uma ode lírica ao ritual do chá da tarde, retratando-o como um momento de beleza, pausa e convívio sofisticado.

​A poeta Wanda Rop transforma um evento cotidiano em uma cena de arte e refúgio.

​✨ Temas Centrais e Linguagem

  • O Ritual como Arte: O poema exalta o ato de tomar o chá das cinco como um rito sagrado, cheio de elegância e estética. Cada elemento — a porcelana, o chá, o biscoito, a conversa — é elevado a um patamar artístico.
  • O Tempo e a Pausa: O chá é o “locus amoenus” (lugar ameno, de deleite) da “pausa necessária,” um refúgio onde “o cotidiano perde a monotonia.” A tarde declina de forma “gentil,” sugerindo um ritmo desacelerado e apreciativo.
  • Beleza Discreta: A alegria e a beleza são descritas como “sem estardalhaço” e o ritual é “discreto e singular.” O poema valoriza a serenidade e a intimidade em oposição ao barulho ou formalidade do mundo exterior.

✨ Análise por Estrofe

​Primeira Estrofe (A Configuração Estética)

  • Imagens Visuais e Táteis: Foca na louça refinada. A “porcelana alva, com filetes de ouro” estabelece imediatamente um tom de delicadeza e luxo.
  • Sinestesia e Sensorial: O “cromatismo gentil” da tarde e o som da “xícara [que] tilinta” (som sutil) preparam os sentidos. O chá de jasmim é o “tesouro,” realçando sua preciosidade e “sutil” aroma.

​Segunda Estrofe (A Convivência e a Gastronomia)

  • Personificação do Biscoito: O biscoito é “imponente, com arquitetura fina,” uma pequena personificação que confere dignidade até mesmo ao alimento, sugerindo sua perfeição estética.
  • Qualidade da Conversa: A comunicação é idealizada: “etérea e cristalina,” ou seja, leve, pura e clara, livre de formalidades ou cansaço (“sem nenhum discurso formal ou cansado”).

​Terceira Estrofe (O Significado Profundo do Ritual)

  • Conceito Clássico: A expressão latina “locus amoenus” é central, definindo o local do chá como um espaço idealizado de conforto e prazer, necessário para quebrar a rotina.
  • Alegria Elevada: A risada “rara e literária” sugere que o prazer e a alegria desse momento não são banais, mas sim cultivados e dignos de nota, um “instantâneo de pura alegria.”

​Quarta Estrofe (A Conclusão e a Poesia)

  • Síntese: Esta estrofe resume o propósito do ritual. A beleza é intrínseca, sem necessidade de ostentação.
  • Metalinguagem: O poema se refere a si mesmo, ou ao ato de escrever, como “Versos saborosos neste ritual,” ligando a poesia (a criação artística) à vida (o doce chá).
  • Acolhimento Final: A poesia encontra o “terno abraço / De um feliz acontecer, no seu próprio lar,” concluindo que a verdadeira beleza e alegria não estão em grandes eventos, mas sim na paz e elegância do espaço doméstico.

✨Estilo e Estrutura

  • Estrutura: O poema é composto por quatro quadras (estrofes de quatro versos).
  • Rima: Predominantemente rimas cruzadas (ABAB), como em ouro/tesouro e gentil/sutil, o que confere ao poema uma sonoridade musical e suave, adequada ao tema.
  • Métrica: Embora seja necessária uma análise mais precisa, o ritmo é bastante regular e harmonioso, contribuindo para a sensação de equilíbrio e ordem que o ritual do chá representa.

Em suma, Wanda Rop celebra, em um tom elegíaco e delicado, a importância dos pequenos luxos e das pausas bem vividas, onde a poesia e a vida doméstica se encontram em perfeita harmonia.

Wanda Rop 🌹

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