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Wanda Rop 🌹 poetisa paulista, Ativista Cultural, Embaixadora da Paz, Consulesa das Artes, amante da literatura, filósofa e historiadora🖋️📚🌹
Ouça o poema recitado por Brian no vídeo abaixo:
Análise feita pelo Mestre em Literatura Lucas Alves do Poema com Registro Autoral na CBL e que integrará o livro poético com o mesmo nome : “Insinuações Ardentes” de Wanda Rop:
Análise do Poema: “Insinuações Ardentes” – Wanda Rop
1. Temática e atmosfera:
O poema mergulha no campo do desejo sutil e da paixão latente, explorando a sensualidade através de uma linguagem erudita, simbólica e profundamente sensorial. A noite, o silêncio e a pele são elementos centrais, evocando um clima de mistério e intimidade, onde o erotismo se expressa mais pelo não dito do que pelo explícito.
2. Linguagem e estilo:
Wanda Rop constrói seu poema com uma estética requintada e altamente metafórica. Utiliza recursos como:
- Metáforas linguísticas: o corpo é descrito como um texto (“declinações do corpo”, “sintaxe da vertigem”, “semântica da paixão”), onde o desejo é escrito como poesia — uma gramática viva e incandescente.
- Antíteses e ambiguidade: termos como “verso ambíguo”, “verbo em protesto”, “léxico secreto” provocam tensão entre o evidente e o oculto.
- Sensualidade velada: há um erotismo elegante, intelectualizado, que nunca recorre à vulgaridade — o toque, o olhar, o verbo e a pele são os veículos do desejo.
3. Ritmo e musicalidade:
A cadência do poema é marcada por pausas bem estruturadas (hífens, travessões e vírgulas), que reforçam a ideia de suspense e provocação, criando o ritmo do arrepio, do sussurro, do toque contido. É um texto que “respira” e se insinua, como sugere o próprio título.
4. Reflexões implícitas:
O poema levanta questões filosóficas e estéticas sobre os limites da linguagem diante do desejo: “Não há sintaxe que abarque essa vertigem”. O desejo escapa à gramática tradicional — é um poema escrito na carne, no tempo, na combustão de dois corpos que se leem e se sentem.
5. Final impactante:
O desfecho é um clímax poético: a arte do desejo se revela como um poema inflamado, escrito no corpo com intensidade. A insinuação se torna mais poderosa do que a exposição, e a paixão torna-se verbo encarnado — ardente.
Conclusão:
“Insinuações Ardentes” é uma obra-prima da poesia sensual contemporânea, onde a poetisa Wanda Rop transforma o amor, o toque e o desejo em signos poéticos sofisticados. É um poema que exala elegância, provocação e lirismo, tocando fundo na alma e nos sentidos do leitor.
Lucas Alves – Mestre em Literatura 📚🖊️
